Rodrigo Soeiro, da Monnos: 'O mercado cripto está alinhado às características em que o metaverso se baseia e necessita'

A iniciativa revoluciona o segmento, principalmente, em relação aos imóveis para investimento, pelas facilidades que a nova tecnologia proporciona aos investidores.

imagem_2022-05-04_174551724Rodrigo Soeiro, fundador da Monnos, primeiro criptobanco do Brasil. (Foto: Divulgação)

O ano de 2021 foi marcado pela consolidação do mercado de criptomoedas com a alta do bitcoin, além do crescimento de outros ativos e moedas digitais, de todos os gêneros, como NFTs, DeFis, Game coins e Meme coins. Um dos grandes responsáveis por isso foi a popularização do metaverso e sua fusão entre o mundo real e o virtual, conceito que tem servido como porta de entrada para a chamada criptoeconomia

Rodrigo Soeiro, fundador da Monnos, primeiro criptobanco do Brasil, explica que há uma relação de coexistência e dependência entre metaverso e criptomoedas que permite outros formatos de interação além do entretenimento, com verdadeiras oportunidades de negócios e investimentos.

“O mercado cripto está alinhado às características em que o metaverso se baseia e necessita, provendo segurança, credibilidade e sem a necessidade de intermediários, integrando serviços financeiros e, por fim, possibilitando a comercialização de produtos e serviços”, afirma Soeiro.

O BTG Pactual, considerado o maior banco de investimentos da América Latina, foi a primeira instituição financeira no Brasil a oferecer acesso direto ao mercado cripto. Os clientes do banco já podem investir de maneira simples, direta e segura, nas criptomoedas bitcoin e ether. A solução está disponível aos clientes do BTG Pactual digital e do BTG+, por meio da plataforma Mynt.

“Estamos sempre acompanhando as novas tendências de tecnologia e investimentos no mundo e atentos às demandas dos nossos clientes. Ano passado, o BTG percebeu que havia uma grande oportunidade e lacuna no mundo de cripto”, diz André Portilho, head de Digital Assets do BTG Pactual.

Diversão e arte

A Investo, gestora independente e especializada em ETFs do Brasil, lançou um novo ETF, o NFTS11 que, pela primeira vez no Brasil, é um produto que investirá em criptomoedas do setor de mídia e entretenimento localizadas nas principais plataformas do metaverso, onde as NFTs são criadas e negociadas. “Vivemos em uma geração em que os mundos virtuais estão gerando riqueza para os usuários que passam cada vez mais tempo interagindo em plataformas digitais, e o brasileiro também merece participar dessa riqueza que é criada. É justamente isso que o NFTS11 possibilita facilitar o investimento em ativos dos mundos virtuais, aproximando os investidores de um mundo com alto potencial”, afirma Cauê Mançanares, CEO da Investo.

Movimento

Este cenário tem criado uma cadeia de inovação e desen- volvimento de produtos. No final de fevereiro, a Foxbit, uma das maiores exchanges de criptomoedas e ativos digitais do Brasil, recebeu investimento de R$110 milhões do OK Group, gigante do segmento.

“Teremos um reforço em nossa operação da mesa OTC (Over-the-Counter), Foxbit Invest, que está plenamente capacitada para atender todo mercado financeiro nacional com o maior parceiro do mundo, que negocia mais de US$ 20 bilhões diariamente”, enfatiza Ricardo Dantas, CO-CEO da Foxbit.

Além da própria oferta dos ativos, o mercado tem se ocupado em olhar o metaverso como oportunidade criativa para investir. No início do ano, a XP e a Rico anunciaram o lançamento de um fundo focado em empresas que trabalham com o metaverso. Com aporte mínimo de R$ 100, voltado ao público geral, o produto replica um índice da Bloomberg que, atualmente, reúne 30 ações globais de companhias de tecnologia, como Apple, Microsoft e Meta (ex-Facebook).


“Trata-se de um produto inserido em um mercado que poderá faturar mais de US$ 800 bilhões em 2024 segundo projeções da Bloomberg”, explica Henrique Sana, especialista de Investimentos Temáticos e Alternativos da XP Inc.

 

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Tokenizaram o mercado imobilizário 

A Housi, reconhecida como pioneira mundial em moradia flexível 100% digital, lançou um empreendimento em São Paulo cujas unidades adquiridas darão ao investidor um benefício extra: quem investir em uma das unidades do ON Jardins Powered By Housi, o primeiro empreendimento Housi conectado à tokenização, vai receber cashback em tokens.

A iniciativa revoluciona o segmento, principalmente, em relação aos imóveis para investimento, pelas facilidades que a nova tecnologia proporciona aos investidores. O projeto tem parceria com a Vitacon, incorporadora do empreendimento, e com a Insignia, empresa que tem o objetivo de atender a demanda do mercado de tokenização imobiliária no Brasil.

“O futuro do mercado imobiliário vai migrar para tokenização. Estes ativos otimizam a experiência de vida do investidor em termos de menos burocracia, menos custo, mais liquidez e mais fracionamento”, afirma Alexandre Frankel, CEO da Housi.

O token foi desenvolvido internamente pela equipe jurídica e de TI da plataforma, com base a tecnologia blockchain, utilizada também nas criptomoedas.

Vamos trazer uma gama muito grande de serviços para moradia", diz Frankel,  da Housi - Mercado&ConsumoAlexandre Frankel, CEO da Housi (Foto: Divulgação)