Estoque de produtos de captação bancária na B3 cresce 30% em 2022

Os ativos fecharam o ano com estoque de R$ 3,7 trilhões, contra R$ 2,8 trilhões em 2021, um aumento de 30%.

b3Os sucessivos aumentos na taxa básica de juros tornaram os ativos de renda fixa mais atraentes para os investidores. (Foto:Divulgação)

Em 2022, a B3, bolsa do Brasil, registrou recorde nos estoques dos produtos de renda fixa de captação bancária, que são títulos emitidos por instituições financeiras. No total, os ativos fecharam o ano com estoque de R$ 3,7 trilhões, contra R$ 2,8 trilhões em 2021, um aumento de 30%.

O montante engloba os estoques registrados no final de dezembro de Certificado de Depósito Bancário (CDB), Recibo de Depósito Bancário (RDB), Depósito Interfinanceiro (DI), Letra Financeira (LF), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra Imobiliária Garantida (LIG). Todos registraram aumento significativo no período.

As letras de crédito, LCI e LCA, somaram R$ 576 bilhões de estoque em dezembro. Enquanto o estoque de LCA alcançou R$ 337 bilhões e cresceu 74% em comparação ao mesmo período de 2021, o estoque de LCI registrou R$ 239 bilhões, um aumento de 69%.

Os CDBs registraram crescimento de 20% em 2022, em comparação com o ano anterior, e foram responsáveis pelo maior volume registrado, somando R$ 1,8 trilhão de estoque em dezembro. Já o estoque de RDB teve aumento de 43% e registrou R$ 237 bilhões.

“Os sucessivos aumentos na taxa básica de juros tornaram os ativos de renda fixa mais atraentes para os investidores e, por isso, ganharam cada vez mais espaço nas carteiras em 2022. Com a provável manutenção do patamar da Selic em níveis iguais ou próximos ao atual ao longo de 2023, esse crescimento deve continuar ao longo deste ano”, calcula Fábio Zenaro, diretor de Produtos de Balcão e Novos Negócios da B3.

Já a Letra Financeira, título que capta recursos de longo prazo, contabilizou aumento de 35% no estoque. Foram R$ 450 bilhões em 2022, contra R$ 332 bilhões em dezembro de 2021. E a LIG, título lastreado por créditos imobiliários, somou R$ 89 bilhões em estoque ao final do ano, aumento de 85% em comparação ao mesmo período de 2021.