Escolaridade impacta na percepção do brasileiro sobre o aquecimento global

Pessoas com ensino superior consideram a crise climática um problema mais grave do que as menos escolarizadas.

davi bomtempoDavi Bomtempo, gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI. (Foto: Divulgação)

A pesquisa Sustentabilidade e Opinião Pública, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelou que há relação direta entre o nível de escolaridade e a percepção do brasileiro sobre a gravidade do aquecimento global. Entre os analfabetos, 40% consideram a questão como sendo muito grave. O índice cresce substancialmente entre as pessoas que concluíram o ensino médio (64%) e chega a 73% entre as que têm ensino superior.

De modo geral, o levantamento constatou o aumento do percentual de pessoas que consideram o aquecimento global uma questão grave: de 85%, em 2022, para 91%, em 2023. Para Davi Bomtempo, gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, isso se deve ao fato de estar cada vez mais nítida a necessidade de combater as mudanças climáticas.

"Os efeitos são perceptíveis para toda a população, por isso é preciso uma agenda que passe pela transição para uma economia de baixo carbono, com redução nas emissões de gases do efeito estufa, capaz de diminuir o aquecimento global. Precisamos investir em biocombustíveis, energias renováveis e em bioeconomia", diz.

Os dados foram levantados pelo Instituto de Pesquisa de Reputação e Imagem (IPRI), da FSB Holding, com base em entrevistas face-a-face com 2.021 cidadãos com idades acima de 16 anos nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é 2 pontos percentuais.