Em processo de transição, EGR trabalha por um modelo eficiente para o Estado

O diretor-presidente da empresa, Marcelo Gazen, falou sobre as perspectivas de melhorias com os investimentos em tecnologia, mantendo foco no momento de transições.

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Gazen defendeu que um levantamento geral das rodovias servirá de base para outros debates sobre desenvolvimento. (Foto: Reprodução)
 
Convidado para participar da 17ª edição do LIDE Live nesta quarta-feira (2), o diretor-presidente da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), Marcelo Gazen, disse que a empresa, secretarias e BNDES trabalham para apresentar um modelo eficiente de concessões das rodovias para a sociedade gaúcha. A transmissão online promovida pelo LIDE RS, abordou “Os desafios da EGR e o futuro das rodovias gaúchas”.
 
Logo no início de sua apresentação, Gazen contextualizou historicamente a administração das rodovias estaduais, mostrando que a partir de meados dos anos 90, o Estado deixou de ser paternalista, focando em um plano com participação da iniciativa privada.

O sistema criado, com características diversas do que acontecia na concessão de rodovias em outros estados, apresentava, na sua opinião: “Muita insegurança jurídica e um conjunto de inconsistências que prejudicavam os contratos”.  As mudanças que ocorreram nos anos seguintes chegaram à criação, em 2013, da EGR, uma empresa pública para administração das rodovias no Rio Grande do Sul.
 
Vinculada à Secretaria Estadual de Logística e Transportes, a EGR atua como uma autarquia, registrando um faturamento médio anual de R$250 milhões. Abrange 908 km de estradas, 16 rodovias estaduais e 14 praças de pedágios.  São 37 milhões de veículos passando pelas rodovias da EGR.

Assista ao encontro:

Transição

“Hoje, estamos passando por um processo de transição”, afirmou, lembrando os leilões que serão realizados relativos à concessão para a iniciativa privada de mais de 1152km de rodovias. Após a definição da modelagem entre Secretarias e o BNDES, será publicado o edital, que deverá ser lançado até dezembro, a licitação e na sequência a realização do leilão.
 
”O BNDES é um dos maiores modeladores de concessões e nós estamos passando todas as informações para esta modelagem, para que ao final possamos apresentar um modelo eficiente para a sociedade”, avaliou.
 
Em resposta à pergunta do presidente do LIDE RS, Eduardo Fernandez, sobre quais seriam os maiores desafios na concessão para a iniciativa privada, Gazen falou sobre a melhoria de transparência, de melhor gestão de contratos e nos investimentos na implementação de tecnologias. “Neste momento nosso foco é a transição, ocorrendo todo o processo até, no máximo, o meio do ano que vem”.
 
A EGR, segundo seu presidente, não deverá ser extinta. Poderá se tornar uma agência de fiscalização do poder concedente, envolvendo não só rodovias, mas toda uma gama dos projetos de concessão. Ele avalia que a empresa tem o DNA das rodovias com equipe capacitada para continuar o trabalho com foco nas rodovias.
 
Ao final, considerou que as tarifas são uma questão é complexa, no sentido de se obter um valor ideal e que todas as rodovias serão entregues em boas condições de trafegabilidade. Um levantamento geral das rodovias servirá de base para qualquer argumentação futura.